sexta-feira, 19 de julho de 2013

A aula-tarefa da primeira semana consiste em ler o texto em anexo (recortes) e participar no blog com um comentario critico. O debate tambem esta disponivel em video na internet, para quem preferir, com legenda, em tres partes:

  •  http://www.youtube.com/watch?v=FJhFpKdNFnI 
  • http://www.youtube.com/watch?v=iR9u0Hg4o-I 
  • http://www.youtube.com/watch?v=1m7n7V8fi5g 
 Trata-se do debate de Zikek e Assange entrevistados pela Democracy Now. Comentem no blog sobre a visao do wikileaks, o hackerativismo e os problemas politicos, filosoficos e tecnologicos levantados na entrevista, incluindo a questao da reportagem abaixo sobre a base de espionagem americana em Brasilia. A contribuicao no blog deve ser no minimo de 15 linhas. Cada blog vale nao so a presenca nas 3 aulas da semana mas tambem conta na nota da seguinte forma: +1 ou +0,5 pontos se forem contribuicoes excelentes ou muito boas e -1 para quem nao participou, somas e subtracoes incidindo na nota do bimestre. Embora a entrevista nao seja recente seu contexto permanece valido e atualizado com a liberacao de informacoes pelo wikileaks conseguidas via Edward Snowden da espionagem dos EUA sobre governos e cidadaos de todo o mundo, inclusive no Brasil: EUA são suspeitos de ter mantido centro de espionagem em Brasília 

  • g1.globo.com/.../eua-sao-suspeitos-de-ter-mantido-centro-de-espionage...‎ 08/07/2013 - Jornalista americano que revelou o esquema diz ainda que ... E afirmam que os agentes trabalharam no Brasil disfarçados de diplomatas. 
  •  Assange stands by Edward Snowden as Ecuador's Correa ... www.guardian.co.uk › Media › Julian Assange‎Traduzir esta página 30/06/2013 - WikiLeaks founder says 'there is no stopping the publishing process' as NSA leaker remains stuck in Moscow airport. 

 Na sequencia enviarei o tema da semana 2. Bom trabalho! Prof. John Kleba


39 comentários:

  1. Os vídeos tratam de um assunto importantíssimo no contexto atual: o papel do hackerativismo como um meio de expressão política que se opõe à opressão dos governos sobre a liberdade de expressão e os direitos humanos, deixando clara a necessidade de atos com tal ideologia para que a população ganhe voz, isto é, para que sua opinião ganhe importância.
    Os vídeos mostram algo que a ideologia vigente esconde: o terrorismo e a violência necessária para que as coisas funcionem do jeito que são hoje. Impregnada na população, faz com esta aceite os abusos políticos, deixando os poderosos passarem até mesmo por cima dos direitos civis, já que faz ela pensar que atos terroristas são aqueles que interrompem o fluxo normal das coisas. Com a ação dos hackerativistas, as cartas são colocadas na mesa, pois, por meio dela, verdades escondidas pelo poder tecnológico e inegáveis pelo governo e ,mais importante ainda, pela população são reveladas. Desse modo, torna-se inevitável o debate , isto é, a opinião do povo se torna também inegável, já que a opinião de uma maioria opositora é sempre importante.
    Julian Assange fala de como, a partir de um certo ponto de vista, podem ser positivas as críticas levantadas ao Wikileaks, embora bastante equivocadas e vergonhosas. Em certo momento do vídeo 1, ele diz que: "o poder é silencioso quando não tem de dar nenhuma explicação", referindo-se ao poder mais dominante, como é o caso dos EUA em relação aos outros países. Exemplo disso são os vazamentos dos documentos por Edward Snowden, ex-agente da NSA, que revelam os esquemas de espionagem do governo americano em outros países, como Brasil, Austrália e Inglaterra. Os americanos não respeitam a soberania de seus aliados, querem sempre se manter um passo à frente, mesmo que precisem agir sem dar satisfações ou , até mesmo, ilegalmente. Com tal ocorrido, fica exposta a hipocrisia do poder dominante que dá a si mesmo passe-livre para agir da maneira que lhe convir e sem dar satisfações, visto que os EUA se contradizem, pois acusam o Wikileaks e os hackerativistas de cometerem "atos terroristas" , todavia o governo americano age do mesmo modo. Agora, com poderosos manifestando críticas ao Wikileaks, vê-se que "o silêncio dos que não se importam com formigas" foi rompido: os poderosos estão com medo. Assange vai além, diz que a própria censura ou a tentativa dela são um sinal positivo, porque mostra que a sociedade não está completamente controlada e fiscalizada.
    Como de um detector de mentiras, fica claro que ações ideologicamente hackerativistas são imprescindíveis para que a população seja capaz de dar sua opinião e tomar controle de seu futuro.

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  2. "Na minha opinião,na verdade,dizer que a democracia é que governa e dirige os EUA ou que uma democracia eleitoral governa e dirige Londres é completamente ridículo." Julian Assange. Os governos agem de maneira autoritaria e hipócrita, quebram leis para manter as coisas como são e conter os que buscam seus direitos, algumas vezes chamados de terroristas.
    Uma forma de combater a ditadura do governo é a grande movimentação popular, no entanto, ela não ocorre naturalmente, precisa de uma energia de ativação. Tal energia é informação, que faz com o que fatos conhecidos por todos se tornem inegáveis e levem a uma ação. Exatamente neste ponto entra a questão da legalidade da obtenção da informação,a legalidade do hackerativismo. Inúmeras atitudes do governo não respeitam as leis, são corruptas, e por isto a população se indigna e deve se movimentar, mas parece ser contraditório usar de meios ilegais para combater a ilegalidade do estado,afinal nenhuma dessas ilegalidades seria correta, seria como que quebrar a DC para que se possa tê-la, isto não se sustenta em uma base sólida e coerente de princípios.
    Abordando problemas políticos saido um pouco do contexto dos videos, em certas situações pode-se obter informações legalmente e incitar mudanças e isto pode ser visto no movimento passe livre(MPL),como que em uma "primavera brasileira".Assange diz que se os poderosos se dão ao trabalho de reprimir um movimento é porque este tem força. Isto faz total sentido e pode ser observado em relação ao MPL,como notado nas inumeras tentivas da polícia em incriminar os manifestantes, como recentemente quando policiais sem farda jogaram coquetéis molotov contra a polícia para acusar manifestantes(http://www.youtube.com/watch?v=Bn1zpTvaWJ0
    http://www.youtube.com/watch?v=Sya1bYj0jck
    http://www.youtube.com/watch?v=E6cWsigAM70)
    Isto mostra claramente o que Assange diz, quando os poderos tem medo eles atacam seus inimigos de qualquer modo, mudando a verdade ou mesmo quebrando as leis.

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  3. Uma análise extemporânea da atualidade

    Como moral entendemos um conjunto de regras que, mesmo que não sistemáticas, ou seja, não concentradas em uma carta magna, são seguidas pelos membros de uma sociedade – pessoas que vivem imersas em uma mesma cultura – afim de conviverem harmonicamente. Seguindo essa premissa podemos avaliar a importância da interação digital como imposição política, ideologica e social; além de uma forma de ir de encontro a essas imposições, ilustrada pelo Hackerativismo. Proponho então uma discussão em suas faces maniqueístas.
    Pratindo-se então de uma análise mais superficial pelo viés imperialista temos ,nas recentes discuções, a questão da espionagem internacional escancarada pelas informações que vieram a tona via Edward Snowden por meio de documentos publicados no Wikileaks. Segundo esses dados os EUA mantinham, de acordo com as datas dos documentos vazados, bases de espionegem em alguns países como a Inglaterra, a Austrália e, no ponto que nos remete, o Brasil. Nesse escopo as atividades em bancos de dados das empresas brasileiras de telefonia e internet encerram uma posição hierárquica que demonstram uma supremacia ainda não abordada por uma moral que permeie a extensão do universo digital.
    Em contra partida, nesse novo universo o povo encontrou um modo de ser ouvido. As recentes manifestações populares brasileiras, que tomaram proporções mundiais se fizeram valer da velocidade de difusão na rede para mostrar que um povo outrora reprimido consegue se juntar para confrontar suas angústias. Assim o Hackerativismo entrou em vigência anonimamente quebrando criptografias e causando alarde surpriendentemente.
    Encontrou-se então um mundo novo onde a convivência se faz necessária mesmo para membros de culturas muito diferentes. Inovando surpriendendo com ações que se tornaram disponíveis a partir do paradígma vigente nessa realidade tão dinâmica que não permite que uma moral se instaure para garantir e segurança do espaço individual.

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  4. Uma vitrine quebrada em sinal de revolução

    “O que nos faz avançar como civilização é a totalidade de nosso registro intelectual.” Sob essa premissa, Julian Assange, fundador e editor-chefe do WikiLeaks, coordena, baseado nos princípios da defesa da liberdade de expressão e da publicação de mídia, a divulgação de fotos, documentos e informações confidenciais cuja significância seja diplomática, crítica, ética ou histórica. O rebuliço causado por esses vazamentos traz consigo uma questão que rodeia a sociedade pós-moderna: numa realidade tão virtualizada, o que distingue o patrimônio/espaço público do privado?
    Há quem diga que a internet é um ambiente exclusivamente público, um lugar onde ideias e conhecimentos podem ser compartilhados sem censura. Esse era, por exemplo, o ponto de vista do grupo hackerativista “The Anonymous”, responsável por invadir e derrubar inúmeros sites de organizações às quais se opunha, dentre governos, instituições religiosas e grandes corporações. Assim, o “hack” não poderia ser considerado um crime, pelo menos não convencionalmente. Uma interpretação extremista desse pensamento, no entanto, pode chegar a ser muito perigosa.
    Da mesma forma que uma sociedade sem leis culminaria numa convivência caótica, também uma rede virtual sem leis resulta em interações caóticas. Se, na realidade concreta, uma pessoa de maior força física tem vantagens para quebrar a vitrine de uma loja ou arrombar uma porta, por exemplo, isso não significa que ela esteja autorizada legislativamente a fazer isso, mesmo que seja em forma de protesto. Na Internet, essa “vantagem” é dada para aqueles que possuem mais conhecimento de programação, e estes devem estar igualmente sujeitos a normas reguladoras. Assim, seja por força física, seja por força intelectual, tal tipo de atitude constituiria uma forma de violência.
    Não existe, entretanto, revolução sem violência. Pois o que é o Estado senão o detentor do monopólio da violência? Ora, a ordem dada por um policial em nada se difere da ordem dada por um pistoleiro, exceto pelo fato que o último não está legislativamente autorizado a assim proceder. Consequentemente, a violência se faz simplesmente a inversão de uma ordem pré-estabelecida, um requisito básico para qualquer mudança drástica em âmbito político.
    Podemos encarar, então, o hackerativismo como uma forma de protesto. Sob as premissas da lei, suas manifestações mais radicais são passíveis de punição, bem como quebrar uma vitrine o seria. No entanto, muitas vitrines já foram quebradas em nome de uma revolução. De uma forma mais atual, porém análoga, sites são derrubados e documentos secretos vazam com o intuito de pressionar o governo e, assim, quem sabe, inverter certa ordem estabelecida.

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  6. Partindo do questionamento acerca da integridade das informações veiculadas pelas agências de notícias – tendo em vista que usualmente são manipuladas ou omitidas de modo a favorecer interesses do governo – o projeto wikileaks defende a transparência na divulgação de informações.
    Com esta premissa, Julian Assange torna públicos documentos e imagens secretas, obtidos através de colaboradores de todo o mundo. Esta atitude abala um importante mecanismo de controle social e causa desconfortos e problemas políticos.
    Ao revelar documentos sobre as ações militares no Iraque e sobre a espionagem realizada pelos EUA em diversos países, Assange passou a ser rotulado como terrorista pelas autoridades norte-americanas. Este termo foi usado, sobretudo, com o objetivo de jogar a opinião pública contra ele, mas também pode ser encarado pelo ponto de vista de Zizek, ou seja, no sentido revolucionário, que rompe com o modelo dominante e revela uma diferente maneira de expor o que realmente acontece no mundo.
    É interessante pensar na forma como os EUA defendem a liberdade de expressão e a livre atuação da imprensa e, ao mesmo tempo, atuam de forma tão repressiva para preservar o sigilo de suas ações. A perseguição a Assange e a informantes, como Bradley Manning, remete ao macartismo, como o próprio Assange chegou a citar em um dos vídeos.
    A espionagem realizada pelos EUA no Brasil, revelada por Edward Snowden, é uma inaceitável violação da soberania brasileira. Movido basicamente por interesses políticos e comerciais (disfarçados pela proposta de combate ao terrorismo), os EUA monitoram escutas telefônicas e o tráfego de dados pela internet, interceptam informações militares sigilosas, talvez com o apoio de empresas brasileiras. O governo brasileiro deve melhorar seu sistema de segurança das informações, investigar se estas práticas ainda estão ocorrendo e tomar outras medidas cabíveis.

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  7. A WikiLeaks ficou conhecida no mundo por divulgar em seu site informações confidenciais sobre governos e empresas. Apesar disso envolver transparência e liberdade de expressão, atividades não aceitas socialmente, algumas até abominadas, tornaram-se de conhecimento público. Isso causou a ira das vítimas da quebra de sigilo levando a tentativas de acabar com a WikiLeaks, como por exemplo o bloqueio de recebimentos na Europa. Acredito que as atividades da WikiLeaks prestam um serviço benéfico ao mundo pois levam às pessoas informações omitidas e que podem ser importantes na participação política, econômica e social de cada um.
    Um exemplo de informação que é omitida é o caso de espionagem americana divulgado por Edward Snowden, ex-funcionário da National Security Agency. Documentos confidenciais foram vazados por Snowden e isso gerou revoltas em governos que descobriram estar sendo espionados pelos EUA, mesmo sendo aliados políticos. Esse tipo de vazamento de informação é extremamente válido porque dá a certeza do que realmente acontece no mundo e cria precedentes para poder haver uma mobilização para criar uma forma de proteção contra essas atividades.

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  8. Uma análise rigorosa dos assuntos em pauta -- hackerativismo, espionagem e certos problemas políticos, filosóficos e tecnológicos correlacionados -- invariavelmente recai sobre antíteses subjacentes as questões. A tecnologia é tanto instrumento de disseminação das informações e, por conseguinte, fautora de liberdade de expressão, quanto ferramenta da espionagem. O hackerativismo, ainda que embasado por uma filosofia libertária, goza de privilégios e age por meios passíveis de refutação ética. E os EUA, em sua busca por culpados dos vazamentos de informações sigilosas, acabam por condenar como espiões e conspiradores aqueles que nada mais fizeram do que expor a verdadeira espionagem e conspiração contra humanidade.
    De fato, o viés pelo qual envereda o hackerativismo levanta indagações quanto a uma possível contradição em relação a seu próprio objetivo. O caso recente de Edward Snowden é um bom exemplo. Embora caiba a ele o crédito pela divulgação de ações criminosas cometidas pelos EUA, pela qual recebeu uma indicação ao Nobel da paz, sua própria atitude é considerada inconstitucional. No entanto, como enfrentar um governo repressivo senão através da própria repressão? Ao se lidar com um ente cujos poderes abrangem tanto o monopólio da informação quanto o controle da legislação faz-se necessário transgredir quando intenta-se protestar. Dessa forma, as acusações contra Snowden, assim como as contra o Wikileaks e Julian Assange, revelam não apenas a dissimulação, como também as intenções totalitárias do governo norte-americano.
    Ainda assim, tais intenções não chegam a causar surpresa. Já no pós-guerra fez-se claro o papel da América Latina segundo a visão dos EUA. O corolário Roosevelt mostrou que a alegada “América para os americanos” deveria ser interpretada como “América para os americanos-do-norte”. Descobrir uma base de espionagem americana em Brasília apenas confirma os interesses já especulados desse país “aliado” e esclarece o caráter de sua política externa.
    O hackerativismo e seu uso da tecnologia atuam, portanto, como instrumento único contra um Ministério da Verdade, sob o qual residem as contradições reais. “De onde estava Winston conseguia ler, em letras elegantes colocadas na fachada do Ministério da Verdade, os três lemas do Partido: Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão. Ignorância é Força.” 1984, George Orwell.

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  9. Sobre o hackerativismo e sua importância para a sociedade.
    Com o crescimento massificado do uso da internet como meio de difusão de informações e de ideias, inicia-se um nova forma de ativismo sócio-político característico da nova era: o hackerativismo. Nesse contexto, destaca-se o site WikiLeaks, uma organização sediada na Suécia, que busca uma transparência em ações promovidas pelo governo de vários países, dentre eles o Estados Unidos e o Brasil, através da exposições de documentos e informações sigilosas, principalmente relacionados à diplomacia entre países.
    Possibilitando essa transparência, o WikiLeaks se torna uma fonte de informações sobre assuntos delicados, que afetam diretamente a vida da sociedade atual, e que muitas vezes revela patologias nos modos de pensar e de agir dos governo atual. Ou seja, o WikiLeaks deixando transparecer informações sigilosas sobre as nações ao longo do Globo, despertou um sentimento de revolta na população de vários pontos do mundo. Dessa forma, influencia massas e desestabiliza o controle de poder por parte do Governo em sí.
    Por despertar a revolta e revelar assuntos que não deveriam estar acessíveis à população em geral, o WikiLeaks se torna uma organização hostil aos interesses do Governo, e já foi alvo de várias represálias. Um de seus líderes, Julian Assange, editor-chefe do site, por expor documentos que indicariam crimes de guerra cometidos pelos EUA na guerra do Afeganistão, já foi acusado por estupro e abuso sexual, o que ele nega ter feito, e está passível de ser extraditado para os Estados Unidos, onde possivelmente receberá uma pena de prisão perpétua pelo seus atos como hacker.
    O WikiLeaks, apesar de agir na ilegalidade, tem sua importância social ao abrir os olhos da população para os vários casos de abuso de poder dos governantes de vários países, e mostrar que, apesar de vivermos em um regime essencialmente democrático, estamos sujeitos ao controle exacerbado por parte dos nossos representantes, ou seja, não temos realmente a liberdade de expressão e de escolha asseguradas pela constituição.
    Esse efeito moralizante que organizações hackerativistas como essa têm na sociedade se tornam ainda mais importantes quando consegue tirá-la da condição passiva e submissa a que está acomodada a ficar. Daí se iniciam revoluções do povo, que se multiplicam com fervor e que têm efeitos reais de mudança. Vemos em vários momentos da história que as principais conquistas do povo em relação ao sistema de governo com base capitalista foram obtidas a partir da luta das populações revoltosas (Lembrar das revoltas pela queda dos governos militares brasileiros na época da ditadura militar e do episódio da “Tomada da Bastilha” na revolução francesa pela instituição da república).
    Na reportagem, vemos que Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional(NSA) americana vazou documentos que diziam que Brasília foi sede de uma base de coleta de informações dos Estados Unidos, ou seja, os americanos estavam infiltrados aqui no Brasil com equipamentos para ter acesso a ligações, conversas por e-mail e várias outras formas de comunicação entre empresas e pessoas de interesse dos americanos. A verdade é que a atividade de hackers da CIA, através de programas de tecnologia avançada como o PRISM e outros, conseguiu extrair informações sigilosas brasileiras. Quando descoberta a atividade hacker no Brasil, os governantes foram tomar satisfações sobre tal assunto com os líderes estadunidenses. De fato, o vazamento de informações para o Brasil revelou verdades que colocam o Brasil em posição de questionamento em relação ao acontecido.
    Iniciativas como o WikiLeaks e o Anonymous, à medida que provocam esse tipo de mudança de comportamento, através do hackerativismo, se tornam uma contribuição positiva para a sociedade na busca pelo cumprimento da justiça e dos valores éticos por parte dos governantes, apesar de serem atividades ilegais na maioria das vezes.

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  10. A facilidade de difusão da informação contida na internet e a influência que esse meio de comunicação tem sobre a sociedade tem feito com que grupos ativistas possam driblar o monopólio que impõe uma opinião pública confortavelmente pré-determinada através dos meios de comunicação convencionais, causando maior impacto ideológico sobre a sociedade.
    No caso do Wikileaks, fica bem claro o posicionamento dos Estados Unidos como um país controlador da informação e os colaboradores do site, que são um grupo cyberativista tentando mostrar a verdade dos fatos por trás de uma censura. Isso possui influência diretamente nos interesses americanos, pois o site do Wikileaks mostra fatos que vão de encontro à credibilidade que o Governo tem sobre a população e sobre seus aliados políticos.
    Além de ferramenta para a difusão de ideias, a internet se tornou um meio de atividades relacionadas a interesses políticos, como ataques terroristas via web e incitação a movimentos revolucionários. A Primavera de Praga refletiu a importância das redes sociais na luta por uma ideologia política em comum, assim como o grupo Anonymous, que tem sido uma espécie de "linha de frente" formada por hackerativistas na luta por direitos em muitos movimentos sociais.
    A mesma moeda que é usada para defender a população perante o Governo é usado por esse mesmo Governo para obter informações importantes. Os Estados Unidos, já acusados anteriormente de manter um centro de espionagem em Brasileiro, atualmente usa hacker ao seu favor para proteger seus sistemas de bancos de dados e para obter informações em outros países.
    Isso mostra que a internet é uma via de mão dupla em combates ideológicos, mas tem sido, em muitas ocasiões, o estopim para iniciar uma revolução ou um modo de a população mostrar o seu pensamento e o seu poder.

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  12. Os vídeos tratam do hackerativismo como um importante modo de se opor aos abusos dos governos e poderosos. De fato, expor atos ilegais abre portas para que movimentos de oposição a tais atos se ergam. Um exemplo de um grupo que exerce essa atividade é o wikileaks, que recentemente divulgou documentos sobre espionagem de vários países por parte dos Estados Unidos.
    Assange comenta sobre o poder silencioso e que não da satisfação à população, comparando-o com alguém que esmaga formigas ao caminhar. Segundo ele, o hackerativismo é uma forma de romper esse silêncio e deixar os poderosos com medo de uma reação popular.
    Por ser uma ameaça ao poder dominante, os hackerativistas são perseguidos e chamados de terroristas, como é o caso de Julian Assange e Edward Snowden, que foram criticados pelo governo americano. No entanto, isso é hipocrisia por parte dos EUA, já que esse país agiu de forma ilegal ao desrespeitar a soberania de vários países com tais esquemas de espionagem.
    O hackerativismo é, portanto, essencial para expor atos ilegais exercidos por poderes dominantes, possibilitando que a população fique informada acerca de tais fatos e possa se manifestar contra eles.

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  13. Será que realmente vivemos uma democracia?
    Países que se dizem altamente democráticos e pregam liberdade, como os Estados Unidos da América, tem uma lado obscuro em que reina a censura e o controle, por parte dos orgãos políticos, da população.
    Se pensarmos bem, a sociedade sempre lutou para atingir uma democracia ideal e usou dos meios disponíveis em cada época para dar voz ao povo. Mas tais meios tem algo em comum: A formação de organizações com o intuito de lutar pela democracia. Como vivemos atualmente num mundo altamente tecnológico, em que a difusão de informações é algo extremamente grande, as organizações que se destacam perante a população são aquelas que usam dos meios digitais para promover a democracia. Nesse caso podemos citar o Anonymous e o WikiLeaks.
    O Anonymous é um exemplo de hackerativismo que ganhou força no Brasil durante as recentes manifestações. É certo que as ações do grupo são ilegais mas os fins são nobres. Isso nos remete ao absolutismo de Maquiavel em que surge a pergunta: "Os fins justificam os meios?"
    A principio, eu responderia não!!! Porém, se voltarmos no tempo, poderemos perceber tudo aquilo que causou uma mudança significativa na sociedade foi considerado na sua época ILEGAL!! Um exemplo próximo de nós Brasileiros é a luta contra a ditadura, mas podemos citar também as ações dos revolucionários da revolução francesa,de Gandhi,de Nelson Mandela, até mesmo de Jesus Cristo.
    Assim, para responder se os fins justificam os meios nesse caso temos que responder outra pergunta. Qual o preço da ilegalidade? Ou seja, quais suas consequencias para a sociedade? Analisando nessa perspectiva, a sociedade tende a ganhar mais voz com as ações do Anonymous e a ficar informada do que ocorre no mundo através do WikiLeaks.
    A única ressalva quanto ao WikiLeaks é que o site pode facilmente se tornar uma mídia manipuladora e dispersora de conspirações falsas.

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  14. ”Julian Assange está envolvida em uma guerra. O terrorismo informático que faz com que pessoas morram é terrorismo. Ele deve ser tratado como um combatente inimigo e WikiLeaks deveria ser fechada de forma definitiva” Essa citação, dita pelo ex-presidente da Câmara dos Estados Unidos, Newt Gingrich, parece quase cômica perante à postura desse governo no Paquistão (uso de aviões “ultramodernos” não tripulados com uma estimativa de 98% de morte de civis http://www.policymic.com/articles/16949/predator-drone-strikes-50-civilians-are-killed-for-every-1-terrorist-and-the-cia-only-wants-to-up-drone-warfare
    ). Será mesmo Julian Assange, fundador do WikiLeaks, o inimigo? Reformulando: os ideais por trás do hackerativismo são, realmente, coerentes?
    Analisando de forma sistêmica, a tecnologia avançada que preside o mundo pós moderno exerce um papel dicotômico e controvertido. Por um lado, proporcionou profundas melhorias no modo de vida humano, mas por outro, criou instrumentos de vigilância usado na espionagem. Com base nisso, não vivemos uma verdadeira democracia, já que o direito à privacidade, previsto pela Constituição, é falho. Além disso, em uma escala global, nações se usam da tecnologia para subjugar outras não tão “desenvolvidas” (a presença de agentes da CIA e NSA em Brasília é um exemplo disso). É nesse contexto degradante, em que surge o WikiLeaks, representando o hackerativismo: Usar-se dessa mesma tecnologia avançada para denunciar as injustiças dos governos gananciosos e controladores. Ou seja, é uma forma de melhorar a transparência e conscientizar cidadãos, e até mesmo Estados, acerca dessas desonestidades.
    O hackerativismo é uma forma de contra-atacar as censuras e restrições impostas pelo sistema político vigente. Como combater a injustiça sem a liberdade de informação? Não há formas lícitas de acesso às provas incriminadoras governamentais, ou seja, há um monopólio da informação. Sendo assim, qual outra alternativa, a não ser aquela defendida por Assange, nós, como cidadãos, temos?

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  15. Uma ameaça à Ideologia atual.

    A sociedade parece se basear cada vez mais na idéia, a explicitada, de que, sendo o único caminho praticável para se manter a ordem, um poder dominante deve existir, e que sua legitimidade seria dada pelo fato de ser controlado pelos próprios subordinados. Muito bonito, mas o problema é o afirmado implicitamente, para que esse poder se mantenha, é esperado o uso de violência e outras práticas explicitamente condenáveis, sem falar do fato que é de “conhecimento” geral que não é digno de legitimação, seguindo o critério apresentado. Casos de abuso de poder não são, dentro da ideologia, problemas morais, pois chegam a ser previstos.
    Os movimentos ativistas surgem em oposição aos problemas desses ideais dominantes, e é aqui que entra o hackerativismo, como a “modalidade” mais nova e mais à parte do ativismo, mais nova por só ser possível graças ao atual estágio de desenvolvimento tecnológicos, com uma ferramenta como a Internet e conhecimento sobre seu funcionamento acessível a inúmeras pessoas, e mais à parte por se dar em um universo diferente, o cibernético, e ainda assim tão onipresente. A dependência que praticamente todos têm de computadores faz com que quem for que tiver o domínio da ação nesse meio acabe por se tornar um importante aliado ou inimigo do “stablishment”.
    Acaba que muitos desses movimentos são, na verdade, interiores à Ideologia dominante, às vezes como ferramenta para mantê-la, outras como simples manifestação do direito de ficar insatisfeito ( Avaaz?). Ainda assim, alguns, como o Wikileaks, parecem estar aí para fazer algo pertinente, sob a desculpa de preservar os documentos históricos, prover informações ditas essenciais pra alguém tomar uma decisão racional e defender o direito de comunicação, Julian Assange põe em cheque um dos pilares do sistema, a hipocrisia no agir.
    É mesmo uma novidade o fato de os EUA praticarem espionagem no Brasil? Não, já existiam várias reportagens sobre o fato, a exemplo, as do jornalista Bob Fernandes, na Carta Capital; é novidade ter documentos oficiais confidenciais revelados? Não, na verdade; mas então por que agora o assunto está sendo tratado como grande coisa? Talvez pelo Wikileaks usar o ambiente virtual, e isso causar incômodo pela falta de controle, em comparação com o real (e se a moda pega?), talvez por ser reconhecidamente imparcial (aliás, bom ponto de questionamento), ou o que for que o tenha levado a ter moral para fazer declarações e ser ouvido, o que importa é que as ações do site põem o dedo na ferida, mostram de forma a atingir os meliantes “com a boca na botija”, sem poder negar, e fazer a outra parte, no caso, a população, se sentir obrigada a cobrar explicações. Como Zizek comenta durante a conversa, Assange não somente violou as regras, como violou as regras de como violar as regras.

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  16. O uso da internet, apesar de ainda relativamente recente, trouxe a facilidade de exposição e tráfego de informações. Com essa nova ferramenta, aparece uma nova forma de manifestação, o hackerativismo, que tenta levar à população informações antes censuradas. Porém, ainda que se fundamente em ideais de liberdade, os pensamentos hackerativistas estão sujeitos a crítica, dado que muitas vezes confrontam o sigilo necessário para a soberania de um país ou a privacidade na rede. Ainda assim, o ativismo digital é, hoje em dia, peça-chave em revoluções, como a Primavera Árabe, que começou em 2010. O site WikiLeaks divulgou dados de telegramas diplomáticos dos EUA para suas embaixadas em países em que ocorriam conflitos (Cablegate), e o conteúdo de alguns discutia até mesmo como combater as manifestações, fenômeno que fomentou a busca desses povos por liberdade.
    Enquanto de um lado os ativistas afirmam que levar a verdade ao público garantindo a transparência dos governos é legal, de outro os governantes consideram o roubo e divulgação de informações ações ilícitas e requerem a punição dos hackers. A atitude destes corrobora a ideia que temos de que os Estados, donos do monopólio da informação, pretendem manter o status quo: o seu “direito” de esconder da população o que julgam ser confidencial. Surge a dúvida: os hackers têm ou não o “direito” de invadir os sistemas governamentais e impor a transparência? (melhor dizendo: é lícito?) Considerando o movimento hackerativista a revolução que os mesmos pregam, sim. De fato, não seria (necessário) revolução se os Estados “não tivessem o que temer”, se não trocassem telegramas apoiando governos ditatoriais, se não buscassem informações secretas de outros países com a presença de espiões ou de monitoramento da internet (vide caso Snowden). Certo ou errado, legal ou ilegal, uma coisa não se nega: o hackerativismo já trouxe à tona muito do que já nos foi escondido, e promete ser a nova forma de protesto do século XXI. Mais eficiente do que as formas tradicionais, assim o esperamos.

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  17. No debate mostrado nos videos propostos expõe-se argumentos muito bem estruturados à favor do hackerativismo. Conforme discutido por Assange e pelo filósofo esloveno Slavoj Zizek, o ciberativismo se mostra como uma das formas mais eficientes de acabar com esse “poder silencioso que esmaga as formigas sem ao menos se desculpar”. A potencialidade dessa prática é realmente gigantesca, já que utiliza de meio capazes de divulgar com altíssima eficiência (e sem medo de represálias) informações sigilosas que permitam a conscientização da população sobre a realidade dos fatos e os interesses políticos e econômicos envolvidos nas atitudes governamentais. Assim, através do ciberativismo, mais informações como as fornecidas pelo wikileaks e por Edward Snowden chegariam ao conhecimento popular, desenvolvendo, dessa forma, uma sociedade mais crítica e menos alienada.
    No entanto, na busca pelas informações confidenciais, desrespeita-se o direito a privacidade e apropria-se de documentos indevidamente. Isto é, no intuito de expor as práticas inconstitucionais dos governantes, os ativistas acabam por também desrespeitar as normas. Os ciberativistas se tornam, então, tão errados quanto os governantes corruptos ou como afirma o ditado popular: “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”?
    Conforme discutido pela Ana Carla , somente quebrando antigas “vitrines” é possível se conseguir melhorias. Dessa forma, o hackerativismo desenvolvido com o propósito de derrubar as máscaras da mentira e dos segredos para, assim, expor à população o verdadeiro cenário mundial é , indiscutivelmente, uma ferramenta necessária para o progresso da humanidade. Surge, por sua vez, a dúvida ainda mais crucial: como saber se o “jornalismo investigativo” desenvolvido por eles é mesmo imparcial? Munidos do conhecimento necessário para a obtenção das informações desejadas e capazes de divulgá-las sem se identificar, ativistas maliciosos podem manipular vazamentos de documentos e controlar a opinião pública. Recairia tudo então ao antigo (e sujo) jogo de poder presente nas editoras dos jornais impressos?
    Apesar de ser inegável que controles tendenciosos de noticias ocorrerão (se já não ocorrem) nesse novo “telejornal”, o fato de existirem diversos “jornalistas” anônimos espalhados pelo mundo leva a crer que ao menos alguns deles serão imparciais, já que eles não são forçados a se submeterem aos interesses de um “editor-chefe” subornado pelos poderosos.

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  18. Os vídeos levantam a questão sobre de que forma o hackeratismo contribuiu para os movimentos sociais que ocorreram recentemente, e as mudanças políticas que vem ocorrendo em diferentes partes do mundo. Uma reflexão sobre o assunto, nos leva a um dos principais dilemas do hackeratismo, até que ponto é valido roubar informações de governos e empresas atrás de documentos para denunciar ações ilegais ou de caráter duvidoso?
    Em defesa ao hackerativismo praticado por Assange, o parlamentar norueguês Snorre Valen disse que o WikiLeaks é : “uma das contribuições mais importantes para a liberdade de expressão e transparência”, o filosofo Zizek mostrou concordar com as ações do Wikileaks, cuja finalidade segundo ele era interromper o fluxo normal de circulação das informações; historicamente manipulada pela mídia, por diversas vezes alinhadas aos interesses do governo e das grandes corporações que censuram e manipulam as informações que vão aos meios de comunicação. Pois a verdade é perigosa, se a população souber o que realmente ocorre, esta certamente se indignará e começará um movimento por mudanças. Foi o observado no Egito, após vazamento de documentos confidencias pelo WikiLeaks ficou evidente os atos de autoritarismo, corrupção e violência contra os direitos humanos cometidos pelo governo de Hoshi Mubarak, a população foi as ruas, ciente de que não era apenas uma minoria insatisfeita, lutar pelo fim do regime.
    O hackeratismo tem o papel de destruir o poder silencioso que controla a população. Para tenhamos informações suficiente seja para denunciar as violações dos direitos humanos, destituir governos ou políticos corruptos, buscar justiça por crimes de guerra, prevenir contra a espionagem.

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  19. Wikileaks x Democracia
    Segundo Julian Assange, editor-chefe do site Wikileaks, a onda de ataques verbais a ele de políticos e jornalistas refletia um evidente mecanismo político. Além disso, temia que isso se tornasse um “neomacartismo”, ou seja, de que fossem terrivelmente perseguidos pessoas que, pela visão do estado americano, estivessem agindo contra os EUA. Por essa ótica, Assange percebeu que o fato de haver censura em um conteúdo, hipoteticamente restrito pelo EUA, que “ousou” publicar pode ser uma coisa benéfica para a voz da população, visto que, segundo Assange, quem está no poder (quem estaria acusando Assange de terrorismo) não se importa com quem se situa em “camadas inferiores” (a população em geral). A respeito disso, concordo em Zizek sobre o seguinte: Assange pode ser considerado um terrorista, mas no sentido em que basicamente um ataque terrorista faz, que é forçar às pessoas pararem com o curso “normal” de suas vidas, analisar quem está por trás da alienação sofrida (que às vezes não é sequer percebida) e reagir contra isso (Zizek cita o exemplo de “terrorismo” causado por Ghandi).
    Um fato interessante que se pode notar foi no episódio da vida de Assange em que ele viveu no Cairo, Egito, em 2007 e percebeu que a vida cotidiana de um estado com ditadura relativamente leve, muitas vezes, é praticamente igual a de alguns estados tidos com democracias. Concordo que não é a democracia, igualmente utópica atualmente, assim como o socialismo/comunismo utópico, que rege as ações das pessoas que têm o direito de governar. Se formos pensar por um lado, a ditadura é realmente temerosa por conta da vigilância armada, mas em cidades do Brasil (que é tido como país democrata) também há esse medo das armas, da ideia de violência presente nas ruas, porém de um jeito diferente. Então, o papel do Wikileaks na Primavera Árabe foi levantar elites e ativistas em países do Oriente Médio para uma ação de oposição ao governo dominante, que acabou gerando uma guerra cibernética localizada, com o governo hackeando sites de jornais e outras possíveis fontes de informações que pudessem contribuir para uma revolução contra o governo corrupto de Bem Ali (Tunísia).
    Assim, o papel das informações e seu efeito na política, sociedade e economias causam, independentemente da gravidade, um impacto que pode ser positivo ou negativo, pois se uma informação é muito grave, mas absurda, ou seja, mentirosa, ela causa tantos efeitos quanto informações graves com chances de verdade. Por isso, Wikileaks foi um site muitas vezes criticado por essa presença de fatos com muita gravidade, mas pouco se sabias sobre algumas de suas fontes e autenticidades.

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  20. Tendo em vista o poder econômico e político das classes dominantes, os cidadãos comuns ficam subordinados a um sistema moralista, que apesar de pregar a democracia, não permite que alguém revele os podres cometidos pelos poderosos quanto menos que alguém argumente de forma contrária à "ideologia" de quem governa.
    Uma das formas mais eficientes de se dominar é tornar o dominado leigo, visando isso que os grupos políticos que entram, ou intencionam entrar, no poder se aliam à grupos econômicos que dominam a mídia, seja ela televisiva, impressa ou até mesmo virtual. Com isso, faz-se com que a população só tenha acesso a informações manipuladas e portanto, não possa fazer uso de um raciocínio analítico e crítico.
    Outra forma de se dominar é se antecipando à futuras ações do dominado. Acredito que, pensando nisso que os EUA criaram várias bases de espionagem ao redor do mundo que recolhiam informações dos mais variado s tipos e que permitiam que eles soubessem o que se passava de dentro de muitos países que apresentam risco, seja econômico ou bélico, à soberania norte americana.
    A partir desse cenário, podemos afirmar que o hackerativismo (como agente de divulgação à população) desempenha um papel muito importante na manutenção de um Estado "igualitário". Análogo foi comentado no vídeo, sabemos que um povo não pode agir se não tiver consciência de que tem poder para mudar a realidade vigente. Neste ponto que surge a boa ação do hackerativismo "terrorista", afinal, ele que possibilita a união ideológica de muitas pessoas que pensam de forma próxima no entanto, acham que são minoria em meio ao regime.
    Como consequência desse hackerativismo que foi possível a realização de muitas manifestações, em meados de maio e junho deste ano, que, com toda certeza, mudaram o curso da história brasileira.
    Portanto, penso que enquanto não tivermos uma mídia livre continuaremos dependendo do hackerativismo para ter acesso a informações que são de total importância para tomada de decisões importantes como o nosso voto eleitoral.

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  21. Hackerativismo: a luta por uma sociedade virtualmente livre

    "Se dizemos que é a democracia que governa e dirige os Estados Unidos ou que uma democracia eleitoral governa e dirige Londres é completamente ridículo porque quando olhamos países em regimes ditatoriais, como o Egito, por exemplo, a vida diária e as atividades tecnológicas da maioria das pessoas são exatamente as mesmas". Com esssas palavras, o fundador da Wikileaks, Julian Assange, inicia um debate sobre o hackerativismo e como os Estados se valem de seu poderio para obter e deter o maior numero possível informações acerca de qualquer tipo de assunto.
    A democracia, em muitos países, é apenas uma máscara para encobrir o regime opressor em que vivem os cidadãos. No Brasil, por exemplo, é extremamente fácil verificarmos que não somos livres e a hipocrisia é lugar comum nos discursos políticos.Que democracia é essa em que se é obrigado a votar, em que se é forçado a ir às urnas mesmo que você nao acredite nos partidos, no sistema? Digo isso porque instalou-se uma guerra no globo e não há mais como se falar em 'poder do povo'. Essa guerra é silenciosa, velada, assim como o são as ações do país em que vivemos. Para destruir governos não é necessário levantar um fuzil sequer: a guerra é virtual.
    Na luta contra a falta de liberdade na rede, as teclas são os gatilhos, os sites são os campos de batalha e os 'hackerativistas' são os soldados de um exército sem general. Eles lutam por um ideal de liberdade de produção, de compartilhamento e de livre acesso ao conhecimento.
    Seus adversários, todavia, são muito mais poderosos. Luta-se contra Estados e eles são os detentores do poder e possuem legitimidade para o uso da violência.
    Quando são denunciadas falcatruas dos governos, os delatores são condenados a anos de prisão. Que democracia é essa onde é proibido falar a verdade?
    Contesto, aqui, a necessidade dos ditos 'segredos de estado'. Penso que se não há nada de errado, não há o que se esconder.
    Mas é claro que os parlamentares discordam desse ponto de vista: como eles conseguiriam roubar tanto dinheiro se não houvesse segredos?Como conseguiriam ganhar tanto dinheiro no dito 'Negócio da Guerra'?
    Os Estados Unidos e Israel, conforme noticiado pelo The New York Times, desenvolvem vírus de computador para atacar instalações nucleares iranianas - um exemplo de ataque cibernético. Os EUA possuem uma postura bastante curiosa quanto à liberdade democrática na rede: na mídia, defendem fortemente a liberdade cibernética mas quando são publicados documentos provando suas irreguladidades, extraditam o delator e fazem o possível para coibir a publicação desses documentos.
    Dito isso, concluo que a liberdade virtual é um direito e reprimí-la deveria ser um crime mas o 'hackerativismo' já é um bom começo na luta por uma sociedade virtualmente livre. Eles "são uma ideia que não pode ser contida, perseguida nem aprisionada".

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  22. O hackerativismo e sua importância nas mudanças políticas atuais.

    O hackerativismo surgiu como uma forma de utilização dos conhecimentos de algumas pessoas na área tecnológica para conseguir acesso a informações sigilosas e relevantes de governos ou empresas através da rede mundial de computadores. Esses movimentos têm sido bastante veiculada na mídia atualmente. Um dos principais nomes do movimento é Julian Assange, fundador do Wikileaks, a principal organização que promove os vazamentos de informações.
    A ação dos hackerativistas tem grande importância para a sociedade atual por conta das mudanças políticas que estão em processo atualmente. Uma grande discussão acerca do tema é se os "hackers" têm ética quando buscam e liberam para o público segredos de governo. Muitas dessas informações têm impacto direto na população mundial, como na guerra do Iraque, quando o exército norte-americano matou um grande número de civis em suas ações contra o terrorismo e em busca de armas de destruição em massa, como foi dito na época. Os "hackers" invadem a privacidade e o sigilo do governo e divulgam as informações por entenderem que a população deve conhecer esses fatos. Por parte dos governos, essas ações foram amplamente repudiadas, com o argumento que isso fere sua privacidade.
    Recentemente, com a revelação de um grande esquema de espionagem articulado pelos Estados Unidos que tinha foco em cidadãos e governos ao redor de todo o mundo, a discussão a respeito das informações sigilosas voltou a ter grande força no cenário mundial. O governo americano caiu em contradição. É uma grande prova de que é necessária uma maior transparência nas relações entre os Estados para que tenhamos uma maior liberdade e um futuro com mais ética e justiça.

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  24. O reflexo político e social da acessibilidade à informação

    O acesso a informações ficou cada vez maior com a difusão da internet. Através dela, várias ideias são debatidas e disseminadas por todos os níveis da sociedade.
    Por meio disso, sites, como o Wikileaks, têm o papel de fornecer informações sobre sistemas políticos controladores que mantêm grande parte da população sobre influência de um conjunto de regras que visão os interesses desse sistema. Diante disso, os componentes do sistema se sentem ameaçados por essa difusão e tomam atitudes, muitas vezes desesperadas e sem ética. Por exemplo, os Estados Unidos tentam descredibilizar sites como esses por fornecer dados secretos que mostram irregularidades na forma de gestão e, não satisfeitos, mantém programas de espionagem em outros países pra obter informações fundamentais sobre diversas áreas, desde a estabilização de uma nova corrente ideológica à formação de um novo projeto científico. Além disso, utilizam hackers para garantir a segurança dos seus bancos de dados. Vendo uma aplicação dessa atitude no cenário brasileiro, recentemente, como mostra a reportagem apresentada, foi descoberta uma base de espionagem em Brasília.
    Por outro lado, os hackerativista que visão lutar por melhorias sociais, depenham um papel fundamental da desestabilização de sistemas ditatoriais. A Primavera Árabe foi difundida principalmente por meios de comunicação virtuais, os quais atuaram como canal de fuga para toda a censura aplicada por esse regime.
    Verifica-se, portanto, que a contínua e crescente utilização da internet fornece informações diversas, podendo ser aplicadas para a obtenção de informações sigilosas, através do hackerativismo ou na difusão de ideias para trazer novas visões além das que são fornecidas por regimes controladores.

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  25. O "ativismo terrorista", ou hacker-ativismo, foi, ao mesmo tempo, importante para a derrubada de regimes totalitários, e também expôs esquemas de espionagem deflagrados em países como o Brasil (caso da suposta base de espionagem em Brasília, que capturaria informações importantes para manter a supremacia econômica, política e estratégica dos Estados Unidos) e o quanto os regimes supostamente democráticos estão dispostos a arriscar a sua reputação perseguindo e censurando aqueles que vazam as informações (caso de Julian Assange, jornalista do WikiLeaks, que não foi condenado por nenhum ato jornalístco, mas sim por um, no mínimo, duvido assédio sexual).
    Isso mostra o quão fraco é a democracia que vivemos, que prega a liberdade de expressão, e na verdade se utiliza de meios antiéticos para evitar que seus esquemas fraudulentos se tornem conhecidos. Aqui, no Brasil, ficou muito claro a democracia disfarçada mundial; com as recentes manifestações, mostrou-se que a polícia continua sendo um meio de repressão, ainda que a manifestação seja pacífica, e o facebook, principal ferramenta utilizada pelas pessoas para organizar os protestos, constantemente bloqueia/censura/apaga perfis e eventos relacionados a esses.
    Assange e Edward Snowden (que deflagrou o programa de espionagem do governo americano, o PRISM) são as figuras-chaves para todas as mudanças que ocorreram. Essas mudanças acabaram tomando proporções gigantescas que não só afetaram a política internacional, como também despertaram na população o desejo profundo de mudança.

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  27. Julian Assange trouxe à tona, assim como Snowden, temas que todos sabem que existem mas ninguém quer debater. Assange divulgou documentos muito importantes acerca da política internacional que acabaram por deflagrar redes menores de informação em sub-regiões diferentes do mundo , fornecendo instrumentos para a construção de movimentos como a Primavera Árabe. Da mesma forma Edward Snowden evidenciou esquemas de infiltração da NSA (Agência Nacional de Segurança norte-americana)em diversos países, que coletava informações sigilosas através de suas embaixadas e até mesmo pela vigilância de e-mails e ligações de cidadãos de nações aliadas, com o pretexto de se antecipar pela segurança da nação. Assange e Snowden trazem à tona, acima da questão do hackerativismo e da conduta considerada terrorista pelo governo dos Estados Unidos, a soberania ferida dos países em questão.
    O Brasil, vítima da incursão da NSA, não tomou partido de Snowden. Nem os outros países envolvidos na denúncia. Os EUA se limitaram a dizer que o assunto será discutido diretamente com o governo brasileiro, que nada fez em relação à violação da agência norte-americana. Verdade seja dita, os países que se calaram e estão aguardando uma resposta dependem em muitos quesitos dos EUA. Dependem demais para questionar. Colômbia por exemplo recebe capital altíssimo por ano para investimentos em sua estrutura militar. Brasil tem selado com os EUA muitos acordos de cooperação e comércio.
    O jornal The Guardian divulgou semana passada detalhes de um programa utilizado pela NSA que espiona inteiramente o uso do computador de qualquer pessoa, de forma integral. O Xkeyscore tem acesso a 700 servidores em todo o mundo. E a Secretaria de Estado dos EUA volta a declarar que só discutirá o assunto com os representantes das “nações soberanas” envolvidas no escândalo. Fato é que nenhuma nação se pronunciará de forma a fazer sanções ou tomar atitudes mais drásticas em relação às atitudes norte-americanas e o pior, os EUA já estão a par disso. Outro fato é que a política é um jogo perigoso e espionagem faz parte dele desde sempre. Como jogar com alguém que já sabe as suas estratégias?

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  28. Com a difusão e popularização da internet, o hackerativismo muda radicalmente a forma como se dá o controle da sociedade por parte dos governos.
    Informação é poder. As sérias acusações de poderosos a Julian Assange, editor-chefe da Wikileaks, mostram isso. Quando disponibiliza à todos que tem acesso à internet informações sigilosas e comprometedoras de governos e grandes empresas, a Wikileaks e outra organizações de hackerativismo tornam o povo de certa forma poderoso. Saber do que acontece por trás das cortinas da dominação é o primeiro passo para a Revolução. Os governos sabem disso e por isso se sentem tão ameaçados.
    Assim, por um lado, a Wikileaks presta um favor à sociedade ao mostrar a realidade e por incitar, de certa forma, que a sociedade se manifeste contra a opressão oculta.
    Por outro lado, toda a questão do hackerativisto levanta uma questão ética muito séria. O meio utilizado por esses ciberativistas para encontrar as informações comprometoras que divulgam é ilícita, ou seja, eles cometem crimes cibernéticos em suas atividades. Assim, a Wikileaks e outras organizações do gênero e tornam-se Robin Hoods da atualidade. Baseando-se na crença de que a informação é um direito fundamental, eles "roubam" dos dominantes e oferecem ao povo informações e o poder que vem com elas.

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  31. Hackerativismo:Pontos positivos e negativos
    Muito embora a prática do hackerativismo seja ilícita e até mesmo invasiva em alguns pontos,é inegável que essa prática gerou consequências políticas bastante positivas e ajudou a promover a mudança no cenário político contemporâneo.Apesar dos aspectos negátvos,é inegável que o contexto no qual o wikileaks foi criado é completamente justificável,contexto esse de corrupção política e censura nos Estados Unidos da América.Contexto no qual o capitalismo exacerbado muitas vezes se sobrepõe à ética e a moral.Por esse ponto de vista,o wikileaks nada mais mostra do que a verdade por trás das atividades do Governo,e ajuda a manter a transparência e a democracia no Estado.Conclui-se que além das consequências supracitadas,a criação do wikileaks também levantou questões importantes acerca da liberdade de expressão,democracia e até mesmo questões éticas.Questões essas que estavam um tanto quanto apagadas no cenário político mundial,como bem mostra o número cada vez mais recorrente de escândalos políticos que envergonham o nome de uma grande nação como o Estados Unidos.É importante também para que de fato ocorra mudanças profundas no Estado que a população não se mantenha passiva diante da atual situação.

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  32. Legitimidade. À luz de tal princípio é possível tecer uma visão que vai ao encontro da ideologia do Wikileaks. Tendo em vista a reciprocidade de ações, o avanço nos meios passíveis de manipulação e de controle de massas, corroborados pelo desenvolvimento tecnológico, propiciam e legitimam a gradação das ações contrárias às ofensas aos direitos individuais.
    Nesse cenário de gradação tem-se, pois, a fomentação do hackerativismo. Uma vez que o homo-socialis é tolhido em sua liberdade e sua privacidade, este lança mão à arma mais efetiva a qual detêm algum controle. Tal atitude é justificada ante os preceitos morais e valorativos da sociedade, isto sob o prisma do direito Romano, do direito Brasileiro e mesmo dos preceitos que permeiam os acordos do direito internacional. Isso, pois, esses preceitos derivam da já referida legitimidade. Por conseguinte, o contexto social contemporâneo, a proporcionalidade, justificam a formação de atitudes como a criação do site fundado por Julian Assange.
    Outrossim, é necessário salientar que as ações só se tornaram legítimas a partir do momento em que o cenário de um desacato à individualidade e à democracia foi instaurado. Este por sua vez não se encaixa nas premissas que concebem a validade dos atos de Hackerativismo. Não obstante, ainda ratificando a validade das ações em questão, é necessário analisar qual o crime, ou qual a violações de direitos que está em questão. Afinal, embora na filosofia de Maquiavel os fins justifiquem os meios, não se justifica uma regressão no âmbito dos direitos humanos – não é uma atitude incoerente que dá o direito da subsequente ser realizada.
    Nesse momento é importante salientar que ao falar do engajamento político em um contexto hacker, a legitimidade é da sociedade e dos grupos sociais. Todavia, as pessoas ainda devem responder aos valores sociais onde se está inserido. Ou seja, uma ações de proteção do povo é legitima mas uma agressão ou atitude individual, ainda que norteada pelos mesmos princípios, não é.
    Naturalmente, por conseguinte, levanta-se a questão de como a sociedade pode reagir de modo que cada indivíduo ainda se mantenha íntegro, moralmente falando. A resposta para essa indagação é quase imediata: o hackerativismo como temos hoje. Afinal, não se pode dizer que há uma espionagem, afinal esta é caracterizada pela obtenção de informações confidenciais a fim de se obter uma vantagem para si ou instituição que represente. Portanto, a menos que se acuse de uma espionagem para a humanidade, não faz sentido levantar tal acusação.
    Nesse ponto, é relevante citar o caso do Snowden, o ex-agente da CIA que revelou informações confidenciais do governo americano ou mesmo do soldado Manning, também em situação semelhante. Colocando de lado as questões de senso de Justiça que permearam ambos os casos, estes se inseriam em um contexto distinto, no qual suas ações não podem ser analisadas exclusivamente à luz da legitimidade.
    Por fim pode-se essa nova forma de ação política como reflexo do desenvolvimento da sociedade. Originada da proporcionalidade e amparada pelos princípios que permeiam o conjunto de regras que se convencionou em seguir quanto sociedade. Constituindo um método eficiente para assegurar os direitos individuais e uma forma coerente de assegurar o mantenimento da democracia.

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  33. Os vídeos abordam de uma forma interessante a questão do hackerativismo, que nada mais é do que uma nova forma de protesto virtual, que acaba contribuindo para uma maior liberdade de expressão e promove a expressão política. No início do primeiro vídeo, é mostrado uma série de acusações de grandes membros do governo americano acerca de Julian Assange, criador do Wikileaks, que foi chamado de terrorista por muitos deles. E é claro que eles vão acusá-lo dessa forma, mas por quê? Porque o Wikileaks é uma forma de mostrar as verdadeiras feridas do governo para a população, mostrar os bastidores, os roubos, corrupções, atos completamente anti-éticos que o próprio governo americano esconde de seus cidadãos, como ,por exemplo, a morte de milhares de civis na guerra do Afeganistão em decorrência da ação de militares norte-americanos.
    A controvérsia surge com o seguinte questionamento: a Wikileaks é benéfica à sociedade ou é uma forma de terrorismo?
    Bom, em uma analogia simplista de entender, a Wikileaks seria como se fosse a irmã mais nova do governo, e ela o ameaça dizendo que se ele fizer alguma besteira, ela vai contar tudo para a mãe (a população). O irmão mais velho certamente irá xingar a irmãzinha, mas a partir de então, ele vai pensar duas vezes antes de fazer qualquer burrada. No final, isso é ótimo para a manutenção da ética no Estado, o maior problema seria se o irmão mais velho subornar (e ameaçar) a irmã mais nova e ela ficar quietinha ou até mesmo elogiar seu irmão para a mãe. Isso seria um perigo! Mas enquanto a Wikileaks é o que é, certamente ela atua de forma a beneficiar a população, uma vez que ela, além de dar um aviso indireto cobrando melhorias do governo (como num protesto), ela atende à população dando a ela a verdade em si, e verdade simboliza a honestidade, a ética, a ausência de mentiras, que contribui até para a diminuição da manipulação do governo sobre os cidadãos.

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  34. No atual boom informacional dado pela "revolução cibernética", o hackerativismo surge com ideais nobres e meios nem sempre limpos. O engajamento politico e a ênfase na liberdade de expressão tornou tal tipo de movimento tão difundido que hoje ele em certos pontos é mais eficaz do que manifestações presenciais.
    Esses ativistas têm em grande parte das vezes como alvo, regimes autoritários representados por pessoas que usam de todos artifícios possíveis para perpétuar o seu poder. Um exemplo concreto e bem-sucedido dessa atividade é o wikileaks, site que divulga documentos sigilosos e polêmicos, e torna transparente a comunidade cibernética os "podres" das grandes potencias mundiais.
    Um caso que exemplifica o abuso de poder cometido por essas potências é a suspeita de que os eua mantiveram uma base de espionagem no brasil, transgredindo explicitamente o comportamento dito moral e ético entre duas nações "amigas".
    Esse tipo de atitude autoritária tambem é observada na prisão do jornalista fundador do wikileaks, Julian Assange. As acusações proferidas a ele são muito provávelmente uma perseguição dos eua por ele ter colaborado com a transparencia e o denigrimento da sua imagem. Entretanto, essa atitude por parte dos americanos é um bom sinal, indica que esse ativismo virou uma grande pedra no sapato deles, que não para de crescer.

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  35. Os vídeos evidenciam uma grande estrutura que há por trás de toda a rede de comunicação global, estrutura essa que controla tudo aquilo que pode ser publicado dependendo do que é do interesse de determinado governo ou aliança governamental. Raramente pode-se acessar informações que estão bloqueadas por tal estrutura, o que faz com que o que é publicado se torne a verdade, e "fazer" a verdade é um grande poder.
    É claro que o hackerativismo é ilegal, mas a sua tão temida prática não é abominável, o que foi feito pelo WikiLeaks não deveria ser considerado tão invasivo. O que foi mostrado pela instituição foi aquilo que a imprensa e a mídia deviam ter mostrado quando estavam cobrindo o que estava acontecendo no Oriente Médio, no Egito, na Tunísia, entre muitos outros países em que a situação era muito delicada.
    No início do primeiro vídeo, Julian Assange comenta que acha que há mais esperança para a sociedade chinesa do que para a estado-unidense, pois a censura é explícita e, portanto, o controle social que é imposto naquele país é explícito, assim como o claro medo de uma revolução do seu povo. Muito diferente é a situação da segunda sociedade, o governo dos EUA sequer precisam de uma censura "real" para controlar e "guiar" o seu povo, dão a ele uma sensação de liberdade maior e o pensamento de que não apenas são livres, mas que são o povo mais livre do mundo, influenciando-os com o controle da informação que entra no país.
    O controle de informações é evidenciado quando Assange cita a situação dos prisioneiros políticos no Egito (completado por Slavoj), situação que não era do interesse dos EUA que fosse mostrada, dado que o governo do Egito é um aliado estratégico do país. Em seguida, Assange cita, para contrastar, a situação do Irã, que é um inimigo político dos EUA e que é atacado pela mídia constantemente, tendo todos os tipos de maus-tratos aos seus prisioneiros políticos evidenciados para todo o mundo.
    Enfim, a rede de comunicação, como bem disse Slavoj Zizek, é uma rede terrorista para toda a humanidade, pois é muito bem controlada e qualquer furo é logo consertado por aqueles que a controlam. O WikiLeaks, por exemplo, foi muito pouco explicado na mídia quando surgiu, a maior cobertura que houve sobre a instituição foi, na verdade, da situação do próprio Julian Assange e de suas extradições, personagem que já está sumido para todos.
    Pela maneira com que foi tratado o caso, podemos notar o grande problema que qualquer furo pode causar para quem cuida da rede de comunicações, já que logo quiseram apagar tudo relacionado ao WikiLeaks, mostra que a grande ditadura que há no globo neste momento é, na verdade a que nos é imposta pelo pensamento de que vivemos sob uma democracia eleitoral, vendido por essa rede que tantas vezes já foi combatida e tantas vezes permaneceu imaculada.

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  36. Hackerativismo: Pode ser perigoso.

    O assunto tratado pelos vídeos e pelos textos é de suma importância no contexto atual para todo o mundo. O hackerativismo é um assunto muito polêmico, os debates apresentados nos vídeos mostram muitos argumentos favoráveis a ele, inclusive atacando algumas pessoas que se declaram contra e atacaram Julian Assange, visto que pessoas se credibilidade para criticá-lo, as próprias risadas da plateia denunciavam isto. Não há como negar que o ciberativismo é uma prática com um enorme potencial, ele é capaz de divulgar informações sigilosas que podem conscientizar toda a população sobre os bastidores de um governo “que passa por cima das formigas sem desculpar-se”, isso pode evitar práticas prejudiciais à boa parte da população. Mas ao mesmo tempo não se pode negar que práticas como essas são perigosas, pois quando se tem acesso a informações até então sigilosas não se sabe até que ponto pode-se chegar, e que tipo de informações podem vazar, informações que podem ser prejudiciais a economia de países, é muito complicado posicionar-se contra ou a favor deste tipo de prática. Não se pode negar seu enorme poder de conscientização da população, mas têm-se que destacar os riscos que também existem. O hackeratismo pode destruir poderes silenciosos que controlam populações, pode denunciar violações de direitos humanos, apurar sobre crimes de guerra, até mesmo desmascarar políticos corruptos, mas por outro lado, podemos fomentar a espionagem ao apoiar esta prática, o que é muito perigoso, pode-se vazar informações privilegiadas de uma nação que podem favorecer outra e causar um enorme prejuízo a primeira.

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  37. O Wikileaks de Assange já foi tão glorificado e demonizado que torna-se quase impossível ter um debate a seu respeito sem que se torne uma discussão maniqueísta. De fato, é complicado ter neutralidade em se tratando de algo tão polêmico quanto o hackerativismo, dado que ele é um crime que muitos consideram virtuoso. A caracterização de Hobin Hood moderno que foi sistematicamente associada a Julian Assange evidencia quão grande – e quão determinada – é a porção da população que apóia aquilo que o hackerativismo representa: informação “livre”, desprovida de censura ou manipulação por qualquer tipo de órgão, seja ele estatal ou privado.
    É claro, falar de informação totalmente imparcial é de uma ingenuidade tremenda. Independente da fonte ou do divulgador, sempre há um viés, um motivo, uma seleção. O que muda é a intenção, a intensidade e o objetivo dessas alterações. No caso do Wikileaks, trata-se basicamente de chocar a população quanto a atrocidades cometidas por governos (notadamente o dos Estados Unidos) e chamar a atenção dela para a importância do hackerativismo.
    A era da informação trouxe consigo a guerra digital: uma constante competição entre a segurança e os ataques virtuais. Cada vez que uma nova tecnologia é criada, este equilíbrio é desestabilizado, causando vazamentos de informações. Ademais, a globalização e a onipresença das mídias sociais faz com que vazamentos de informação adquiram um caráter viral tão forte que muitas vezes se torna fútil tentar contê-los (como foi o caso do próprio Wikileaks). Ou seja, a crescente evolução digital torna impasses como os gerados pelo site de Assange inevitáveis.
    Politicamente, manipular dessa forma o volátil cenário político internacional é, sem dúvida alguma, perigoso. A competição que se deu por Snowden, recentemente, é prova disso: não há como prever como esse tipo de informação impactará nas relações bilaterais entre os países, simplesmente porque em grande parte não se tem noção do que será revelado. Ainda que a transparência seja algo louvável, é também perigosa se imposta indiscriminadamente.
    Contudo, não se pode negar a validade filosófica da missão de Assange. De fato, não faz sentido esconder de uma população teoricamente democrática certas decisões e suas consequências. Prosseguir dessa forma para mascarar os erros e truculências de instituições, bem como fortalece-las, é indiscutivelmente errado. A manipulação imposta por governos e empresas sobre a informação à qual a população tem acesso vai de encontro com tudo aquilo que o modelo democrático teoricamente defende. O hackerativismo tem, de fato, um propósito nobre (ainda que este não seja necessariamente executado da forma mais imparcial), independente de seu caráter fortemente ilegal. Parcimônia e prudência, entretanto, são necessárias na hora de manipular uma ferramenta tão controversa – e tão perigosa.

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